Consciência para garantir a biossegurança nas produções de animais
Aqui no site de Controle Profissional de Pragas da Syngenta, você já deve ter obtido informações a respeito dos quatro "As" que propiciam o aparecimento de pragas em diversos locais: Acesso, Abrigo, Alimento e Água.
Se todas essas condições existem no cenário urbano, imagine onde há a criação de animais para o consumo? Assim, é fundamental fazer um controle adequado de pragas ao mesmo tempo em que se mantém a biossegurança desses animais.
O primeiro conhecimento necessário é o significado do termo. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), biossegurança é a: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”.
AS PRAGAS QUE AFETAM OS CRIADOUROS E COMO PROTEGER OS ANIMAIS
Algumas das mais importantes pragas neste tipo de ambiente são o cascudinho (Alphitobius diaperinus) besouro pequeno mais presente em produções de frango de corte; as moscas que afetam praticamente todas as criações; e os roedores que têm potencial para causar grandes danos às instalações e equipamentos, consumo da ração, contaminação de cochos e bebedouros com fezes e urina.
Segundo Marcos Roberto Potenza, Engenheiro Agrônomo especialista em Entomologia Urbana, o tratamento dado deve ser caso a caso, com profundo conhecimento dos hábitos de cada praga. No caso dos cascudinhos, é preciso aproveitar o período entre cada ciclo de produção do frango de corte para realização dos tratamentos nas instalações e dos focos identificados.
"No caso das moscas em granjas de poedeiras, o controle se concentra no manejo do esterco, eliminação dos vazamentos e gotejamentos de água sobre o esterco. A aplicação de inseticidas na forma de iscas é mais segura e eficiente enquanto a líquida tem restrições e requer critérios mais técnicos. É preciso trabalhar com estratégias bastante rígidas de manejo de esterco associado a outras ferramentas de controle, explica Potenza.
ROEDORES: UM CUIDADO À PARTE
Para roedores, geralmente, adotar uma única medida, como armadilhas ou iscas raticidas, não é suficiente para oferecer uma solução duradoura. Com o manejo integrado, várias ações são tomadas para controlar a infestação do local como a identificação de abrigos e tocas, a constante limpeza e descarte adequado de resíduos e materiais, organização do local, barreiras físicas quando viável e monitoramento contínuo das instalações e áreas de criação.
“O cuidado deve ser redobrado na aplicação de raticidas, em porta iscas ou fixados como as formulações blocos parafinado e extrusado. Embora em alguns ambientes seja possível um maior número de pontos de iscagem, outros ambientes apresentam restrições devido a movimentação de aves ou animais na área de confinamento. O comportamento da espécie de roedor influencia nas medidas preventivas e de controle. É diferente entre a ratazana e o rato-de-telhado, por exemplo. O estudo do comportamento deste último, mostra preferência por abrigos no interior das instalações, não bastando controlar apenas o seu acesso. Cada modelo de criação requer uma estratégia diferente de controle. Em algumas situações é possível a remoção do plantel e da ração para realização da iscagem, ou somente no vazio sanitário, conclui Marcos.