Pela preservação das artes e da história: o controle de pragas na Pinacoteca de SP

Controle Consciente

Um edifício histórico com quase 113 anos de existência que guarda, nas exposições e mostras que abriga, um pouco da história da arte brasileira e internacional. Como o mais antigo museu de São Paulo, a Pinacoteca do Estado resiste ao tempo, como um longevo e imponente lembrete de que a arte pode atravessar gerações.

Mas, para suportar a deterioração dos anos e, principalmente, o ataque de pragas que podem danificar tanto o acervo quanto a estrutura, o museu precisa contar com uma estratégia permanente de monitoramento e controle.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL

De acordo com Eric Braga Leister, Coordenador do Núcleo de Facilities da Pinacoteca, quando se trata da preservação de um acervo histórico, o controle de pragas é algo que precisa ser muito minucioso e que, por isso, requer a atuação de uma empresa especializada.

“A vistoria das obras é uma das principais ações para prevenir a deterioração por pragas. Também devem ser checadas todas as áreas do edifício, as salas de exposição, reservas técnicas e escritórios. Nas salas de exposição, por exemplo, fazemos vistorias semanais. Se alguma obra apresenta sinais de contaminação ou ataque de pragas, por exemplo, isolamos e fazemos o tratamento pontual o mais rápido possível”, explica.

Além da limpeza física, é importante também realizar o chamado controle periférico, com a verificação e a retirada de ovos de pragas, assim como de poeira e outros elementos que possam atrair estes invasores. Como em algumas salas de exposição o tratamento com produtos químicos não é viável, é importante que o manejo integrado ocorra com frequência e com qualidade.

No caso da Pinacoteca, Eric explica que, além das vistorias semanais às salas de exposição, são realizadas também a vistoria nas reservas técnicas, assim como nas paredes, tetos, mobiliários e áreas de difícil acesso.

“Em um local sem o devido acompanhamento, não se pode precisar o momento em que uma infestação começou. Por isso, examinamos janelas, corredores e áreas de trabalho regularmente.

PARCERIA E RESULTADO

Consciente sobre a importância deste trabalho, a equipe da Pinacoteca segue um rígido protocolo para que as ações de controle sejam implementadas pela empresa especializada parceira da melhor maneira possível. “Os tratamentos, por exemplo, são realizados sempre em dias em que o museu está fechado. Quando há a necessidade de um período maior, realizamos o isolamento do local para que o público não tenha acesso à área”, explica.

E, na avaliação de Eric Braga Leister, para a execução de um trabalho tão importante para o museu, a confiança nos profissionais responsáveis é um atributo indispensável, uma vez que eles irão avaliar a necessidade e adotar um tratamento com produtos adequados, na dosagem recomendada, com o veículo correto, com um tratamento que priorize o efeito residual à alta frequência de aplicações, já que há outro fator envolvido: a visitação.

“Esperamos uma relação de parceria e uma troca de informação constante. Em um trabalho prévio, fazemos questão de coletar os insetos e entrar em contato com os técnicos da empresa para identificar precisamente as espécies-alvo e os melhores tratamentos contra as pragas, oferecendo o menor risco possível para as obras, para os funcionários que trabalham no museu, para os profissionais que lidam diretamente com o acervo e, claro, para os nossos visitantes”, conclui.